
O que é um tratamento endodôntico?
O nosso dente é composto por duas partes:
1) Coroa: porção de dente que conseguimos ver quando abrimos a boca;
2) Raiz: situada no interior do osso onde existe um tecido, altamente irrigado, denominado polpa (vulgarmente chamado de “nervo”).
Quando a polpa (ou nervo) está sujeita a irritações como cáries profundas/extensas, fraturas dentárias e/ou traumatismos, pode levar ao desenvolvimento de sensibilidade ou de infeções/abcessos.
O tratamento endodôntico, vulgarmente conhecido como “desvitalização”, consiste na remoção da polpa (“nervo”) e na sua substituição por outro material que permita o selamento do dente para que não haja mais sintomas e ocorra a cicatrização dos tecidos de suporte do dente (osso e gengiva).
Com este tratamento conseguimos prolongar da vida do dente sem sensibilidade ou infeções associadas, sendo um tratamento sem contra-indicações.

Como se processa o tratamento?
O tratamento pode ser feito numa ou em várias consultas mas, de uma forma geral, pressupõe três etapas:
- preparação dos canais radiculares (situados na raiz do dente);
- desinfeção dos canais radiculares e obturação (preenchimento e selamento dos canais radiculares).
Primeira etapa: Após anestesiar, acede-se ao “nervo” e faz-se a sua remoção com instrumentos adequados de modo a remover todo o tecido inflamado/infecionado.
Segunda etapa: Enquanto removemos o “nervo”, fazemos uma das partes mais importantes do tratamento: a desinfeção dos canais. Nesta fase, os canais radiculares (presentes na raiz) são lavados e desinfetados de modo a eliminar a maior parte das bactérias lá presentes.
Terceira etapa: Obturar (fechar) o interior do dente com um material derivado de resina vegetal e que permite o selamento eficaz dos canais radiculares.
Concluída a desvitalização, procede-se à restauração do dente para que a sua função na mastigação seja reposta.
O que é necessário para que o tratamento seja efetuado com sucesso?
Para além de todo os passos mencionados anteriormente, é importante:
1) Respeitar as datas entre consultas (evitar faltas ou adiamentos de consultas);
2) Recorrer ao seu dentista caso a restauração provisória tenha saído. É muito importante que o dente se mantenha fechado entre as consultas;
3) Fazer a medicação sistémica imposta pelo dentista, caso tenha sido o caso;
4) Evitar esforços com o dente até que o tratamento seja concluído (alimentação mole e mastigação para o lado contrário do dente em questão);
5) Realizar uma restauração eficaz para evitar uma futura infeção;
6) Realizar consultas de controlo radiográfico durante vários meses para acompanhamento da cicatrização do dente.
Tenho um dente desvitalizado. É normal sentir dor ou estar infecionado?
Infelizmente, a resposta é sim! Um dente desvitalizado pode ganhar infeção e doer se:
1) O tratamento foi feito sem um isolamento eficiente (a nossa saliva é carregada de bactérias; elas são essenciais para um bom equilíbrio oral mas no interior dos dentes são completamente dispensáveis e responsáveis por muitas infeções – daí ser muito importante que o tratamento seja feito com um isolamento eficiente);
2) A desinfeção não foi eficaz;
3) A obturação (fechamento dos canais radiculares) não selou a totalidade das raízes e deixou gaps ou falhas por onde possam “entrar” novas bactérias;
4) A restauração não está bem adaptada (ou está sempre a fraturar) e permite a infiltração de saliva e restos alimentares no interior do dente.
- Avaliado o motivo deste acontecimento, se o dente ainda tiver boa estrutura, é possível fazer um retratamento (uma nova “desvitalização”).
- O processo é igual ao anteriormente descrito com uma diferença: o que é removido é o material antigo e contaminado da desvitalização e não o “nervo”.

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